terça-feira, 8 de novembro de 2016

Será o amor? - Eduardo Pompeu

abrir os olhos, não te ver
é sentir saudade
é sentir vontade
de abraçar seu corpo
e beijar seus lábios, nus.

abrir os olhos, contemplar
velar teu sono
estar ao lado seu
pensar na partida
sem vontade de deixar
com vontade de amar
sem vontade de parar

acordar de um sonho bom
viajar pelo seu corpo
enquanto vibra o meu
trocar energia pura, boa
ficar a toa
do seu lado é sempre bom.
ao seu lado é melhor

Ao seu lado descompasso
fico bobo, me refaço... me disfarço
paro o tempo… encurto os passos
entro em transe
encontro a paz
será o amor?

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Quero - Eduardo Pompeu

Sinto frio
Sinto cede
Sinto falta
Sinto dor

Vejo ao longe
Vejo fogo
Vejo agua
Vejo flor

Tenho medo
Tenho força
Tenho ódio
Tenho amor

Quero beijo
Quero abraço
Quero língua
Quero o que for

Penso alto
Penso muito
Penso vago
Penso em cor

Traço planos
Traço metas
Traço linhas
Traço tudo com primor

Chego tarde
Chego cedo
Chego limpo
Chego sem pudor

Junto os cacos
Junto os passos
Junto laços
Junto a mim, ao meu opressor.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Mudanças - Eduardo Pompeu

Nem sempre aceitamos mudanças
De comportamento, de hábitos
De amigos de fato
De amores, de espaço

Nem sempre aceitamos mudar
De lugar, de ar
Do trampo, do bar
Da família, do lar

Sentimos saudades com as mudanças
Sentimos falta, buscamos lembranças
Em álbuns de fotografia, em músicas.
De nossa época de infância           

Mudanças pra perto ou para longe, tanto faz.
Às vezes radicais
Outras vezes normais
Mudanças banais
Como da terra firme pro cais

Mudança de pensamento
Nem que por um momento
Mudança de relacionamento
Das pessoas, do vento

Mudança de sentimento
Mudança do tempo
Do dia pra noite
Da paz de espírito ao açoite

Mudanças que amadurecem
E que as vezes entristecem
E quando nos damos conta
Nos inspiram e nos fortalecem

Mudança da mente
Do corpo, da alma e coração
Mudança de atitude
Da liberdade a prisão

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Qual será o meu papel? - Eduardo Pompeu

Estava olhando e de repente a luz se apagou
Eu te amava e de repente tudo terminou
Você se foi da minha vida sem me dar adeus
E partiu deixando uma ferida… No meu coração

Porque esta sua ausência me causa tanta dor?
Estava olhando e de repente a tampa se fechou
Você conseguiu mudar a ordem natural da vida
E partiu deixando uma enorme ferida… No meu coração

E este silêncio que insiste em me tomar
E esta sua falta... Que insiste em me matar
E como aprender levar a vida sem você?
E como entender sua partida sem ao menos querer?

E que se cumpra em mim a vontade do Emanuel
E que eu não precise aqui entender... Qual será o meu papel
E que essa dor permaneça o tempo que durar
E que essa saudade dure o tempo necessário pra sarar.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Fugindo do conforto – Eduardo Pompeu

Dominado pela falta que me faz
Que absorve o meu pensamento
E absolve a culpa da inacreditável dependência de sofrer

Caminhando a troco de alcançar lugar algum
Com os pés desprotegidos, nus...
Tomando em minhas mão
O tempo que ainda não passou
Tomado do meu tempo que se foi
Como o legado desta cação que ficará

Fugindo do conforto que nos faz refém dos nossos medos...
Do necessário... Dos nossos sonhos e de nós.

E como, se escapando do óbvio...
De forma implacável e voraz
De um jeito que nos faz pensar
E refletir se a estrada realmente tem seu fim

E se a luz que finda àquela ponte, um dia se apagar
Como cordão e cera quente queimando à sua sorte
Ou se, como o farol pra embarcação ficará
Como de prontidão sob a tormenta que atormenta o horizonte

Horizonte que tanto contemplamos e almejamos...
No sol da manhã... Ou num beijo puro e bom
De quem ama e espera
Com a euforia nostálgica de um audaz.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Vida Nova – Eduardo Pompeu

Hoje comecei a rasgar o meu passado
Viver de verdade o meu presente
Construir meu futuro que estava ausente
Dar forma, moldar novamente.
Uma vida que quero e acho ser boa para mim
Ainda que de forma inconseqüente.

Vida que começa do zero.
Vida nova, de experiências e novos amores... Quem sabe?
Vida que me sinto à vontade
Pra viver com liberdade Sem medo... Sem dó nem piedade.

Mas... Meu coração ainda está aberto
Em carne-viva, exposto, deserto.
Minhas feridas precisam sarar
Curar por completo

Cartas, bilhetes e cartões.
Que me fizeram reviver momentos tão bons
Pra mim... de amor... de esperança e futuro.
E que me emocionaram... Te juro.
E ao mesmo tempo me trouxeram paz.
Me mostrou luz, aonde tudo parecia escuridão.

Vida que segue, fila que anda.
O trem partiu da estação
E o tempo... É, o tempo!
Dono de nossas vidas e da verdade.
A cura para o sofrimento
A droga certa para cicatrização..

Um simples olhar – Eduardo Pompeu

Carregando nos ombros
O peso da solidão
Desvendado os segredos
Do naufrágio do meu coração

Na gentileza ou no gesto de um simples olhar
No carinho... No amor que me faz viajar

Pelos passos que dei até aqui
Não consigo imaginar
Quanto tempo fiquei
Esperando ver você voltar

Na gentileza ou no gesto de um simples olhar
No carinho... No amor que me faz viajar

Suportando a distância
Que separa... Faz chorar
Vivendo da lembrança
Que não me deixa acordar

Na gentileza ou no gesto de um simples olhar
No carinho... No amor Que me faz viajar